Dez anos de Spotify: como o serviço mudou a indústria da música

O Winamp foi lançado em 1997 pelas mãos de uma pequena empresa chamada Nullsoft. O player não demorou a fazer sucesso. A interface simplificada e recursos como criação de playlist e equalizador o ajudaram a se tornar o reprodutor de MP3 preferido de muita gente. Tamanha popularidade levou a Aol a comprar a Nullsoft por US$ 80 milhões em 2002. A companhia pretendia transformar o Winamp em uma plataforma de rádio online similar ao Pandora. No entanto, problemas de gestão por parte da Aol e a chegada do iPod impulsionando a plataforma iTunes fizeram o Winamp mergulhar em um progressivo declínio. O player continuou sendo disponibilizado, mas sem ir além da sua proposta original: reproduzir arquivos de música.

Não evoluindo, o Winamp entrou em uma espiral de esquecimento. Mas não totalmente: em 2014, a Radionomy comprou o player da Aol por um valor não revelado. Naquela época, Saboundjian já falava em transformar o Winamp em algo além de um simples player de MP3. Pouca coisa mudou de lá para cá, mas, atualmente, o clima é de “agora vai”. Primeiro porque o Winamp 5.8 vazou não faz muito tempo e deverá ser lançado oficialmente nesta semana. O software não é atualizado desde 2013. A atualização vai trazer, basicamente, correções de bugs e ajustes para compatibilidade com o Windows 10. Apesar de se limitar a isso, ela é importante porque abre caminho para o Winamp 6: essa é a versão que será lançada em 2019 e, nas palavras de Saboundjian, oferecerá “uma experiência auditiva mais completa”.

Para tanto, a ideia é fazer o Winamp concentrar vários tipos de mídia: podcast, rádio online, música e afins. Esse objetivo sugere que o player também terá integração com serviços de streaming, embora Saboundjian não tenha informado quais — “há muitas conversas em andamento”, disse. As prometidas versões do Winamp para smartphones também terão como base a integração de vários serviços e mídias. Para o CEO da Radionomy, o conteúdo em áudio nos dispositivos móveis está bastante fragmentado, daí o foco nesse aspecto. Neste ponto, vale frisar que o Winamp chegou a ter uma versão para Android em 2010, mas ela não fez sucesso. Se a nostalgia será suficiente para reavivar o Winamp só descobriremos em 2019. Mas a base de usuários atual do player alimenta as expectativas da Radionomy: apesar de o Winamp não ser atualizado há anos, a empresa diz que o software ainda tem cerca de 100 milhões de usuários ao redor do mundo. Você é um deles?

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