A maior parte das demissões afeta justamente a divisão de conteúdo. A Snap tem uma equipe de curadoria para classificar e destacar vídeos no Snapchat de forma a aumentar o engajamento. Evan Spiegel, CEO da companhia, justifica os desligamentos dizendo “precisamos ter uma organização que escala internamente”. No comunicado, o chefão da Snap continua: “devemos nos tornar exponencialmente mais produtivos à medida que agregamos recursos adicionais e membros de equipe”. É um claro sinal de que a empresa está cobrando mais desempenho dos funcionários ou, indiretamente, adotando uma postura do tipo “vamos fazer mais com menos”. O setor de conteúdo é o alvo da vez, mas sabe-se que Spiegel exige que os gestores de todas as divisões tomem decisões rígidas se funcionários ou mesmo equipes inteiras estiverem deixando a desejar. Com efeito, a Snap fez várias demissões ao longo de 2017, especialmente nas áreas de hardware — os óculos Spectacles foram um desastre — e recrutamento.

Como parte do plano de reorganização, os funcionários da área de conteúdo (que restaram) ficarão concentrados no escritório da Snap em Los Angeles, e não mais espalhados. O próximo passo, de acordo com a companhia, é contratar as pessoas certas para a divisão. É bom que seja assim, pois a pressão dos investidores é cada vez maior e, consequentemente, a interna também. Em uma óbvia referência ao Facebook, Spiegel tem falado aos funcionários que a Snap continua a inspirar competidores, razão pela qual ele não está interessado no segundo lugar. Mas, observando de longe, não dá para saber se essa é a postura otimista de um CEO ou simplesmente teimosia: a prometida reformulação que vai fazer o Snapchat voltar ao topo tem deixado os usuários que testam o nome design irritados e confusos. Diante dessa situação, o “segundo lugar” nem é tão ruim. Com informações: Business Insider, Cheddar.

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