Segundo a CNN, Weijing Wang, como foi identificado pela embaixada chinesa na Polônia, era diretor de vendas da Huawei no país. Ele foi preso junto com um cidadão polonês, de acordo com o porta-voz da contrainteligência da Polônia, Stanislaw Zaryn.
As autoridades locais realizaram buscas nas casas de ambos e receberam autorização da Justiça para mantê-los detidos por três meses. Eles afirmam ser inocentes, mas, caso sejam condenados, poderão receber penas de até dez anos. A Huawei afirma que demitiu o executivo por ele ter manchado a reputação da companhia. A fabricante ainda fez questão de pontuar, assim como as autoridades polonesas fizeram, de que as acusações “não têm relação com a empresa”. O interesse em tomar uma decisão rápida envolve possíveis consequências negativas contra a gigante chinesa. Segundo a Reuters, a prisão realizada na quinta-feira (11) foi assunto de uma fala do ministro de assuntos internos da Polônia, Joachim Brudzinski, no sábado (13). Em entrevista à rádio polonesa RMF FM, ele defendeu a remoção de equipamentos de telecomunicação da Huawei de países membros da União Europeia e da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte). “Seria mais sensato ter uma postura conjunta entre os estados membros da UE e da OTAN”, disse Brudzinski. “Queremos que as relações com a China sejam boas, intensas e atraentes para ambos os lados”. A prisão de Wang ocorre poucas semanas após Meng Wanzhou, diretora financeira e filha do fundador da Huawei, ser presa no Canadá. A ação ocorreu a pedido dos Estados Unidos, que acusa a companhia de ter vendido itens produzidos em território americano ao Irã, o que seria proibido por sanções aplicadas pelo próprio governo dos EUA. A executiva foi solta após pagar fiança de US$ 7,5 milhões e ainda poderá ser condenada a 30 anos de prisão. Porém, a principal consequência do caso parece ter surgido entre os EUA e a China, que tiveram sua relação um pouco mais desgastada.